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“Você mente para todos que o esqueceu, sua mentira se torna tão boa que até você mesmo acredita, aí vem alguém e pergunta “e fulano?” e tudo vem à tona outra vez. […] A tanto tempo que não chorava. Havia me esquecido como era ver uma lágrima descendo por meu rosto, chamando outras e assim levando um pouco da dor embora. Adivinha qual foi o motivo? Pois é, meu antigo motivo. Você. Era tão confortante ter-te ao meu lado. Mas eu já havia superado, ou menos pensava que sim. Tudo começou ontem, aulas de filosofia normalmente não prendem minha atenção, começo a rabiscar na carteira.. caderno. Enfim, comecei pela carteira, tirei meu caderno de cima dela e aí vi teu nome, eu tremi. Pura coincidência, na boa.. teu nome não iria abalar tudo que eu havia conquistado, meu desapego. Fui pro caderno então, a primeira coisa que vi também foi teu nome. Por que eu não tinha apagado isso? Fui pro fim do caderno, lá haviam inúmeras frases mas a que foquei foi “Você pode enganar a todos, menos ao teu coração”. Droga, mil vezes droga. Poderia piorar? O que mais me faria lembrar você? Por que mesmo que ainda pergunto.. do outro lado da sala ouvi um trecho da música, de nossa música. Eu queria gritar, isso era um insulto. Essa música só ficava boa em sua voz.. mas isso era uma insanidade, a música não era nossa, era apenas mais uma música. Tentei acalmar-me e prestar atenção numa aula que não fazia nada pra ajudar a prender meu interesse. Até que chegou um amigo seu e perguntou “e fulano?”. Eu simplesmente desabei. Na sala de aula, isso era humilhação. Todos me viram desabando, sendo fraca, me viram chorar. Me dei conta que sem você sou fraca, sempre fui. Então.. se algum dia lhe disse que não te amo, te confesso eu menti. Eu te ignoro pra diminuir a dor de não tê-lo mais. E agora estou me acabando, ainda estou.. lágrimas são o que me restam, ouvir nossa música e cantá-la num sussurro e lembrar da tua voz. Foi algo lindo e não tenho o direito de esquecer, me perdoe, não vou mais irritar-te com meus lamentos. Só queria que soubesse que não lhe esqueci.”

— Não lhe esqueci.

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