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"Ele me olhava de um jeito tão travesso, seu olhar sempre tão indecifrável. Era seu mistério que me seduzia. Sempre com meias palavras, frases pela metade.. Sempre deixando um “ar” de “ele queria dizer bem mais que isso”. Você era um enigma, e eu alguém obcecada por decifrar-te. Eu nunca entendi essa necessidade de compreender-te completamente. É como se eu soubesse que por trás deste teu sorriso doce sempre houvera dor, e eu tinha que acabar com ela.. Mas por que? Por que razão eu me importava tanto com isso, com esse ser tão misterioso? Eu não sabia, e também tentava não querer saber. À cada dia que passava eu sentia essa necessidade crescer e junto dela também, um novo sentimento. Totalmente desconhecido. Eu não entendia porém pressentia que não havia de ser algo bom.. Estava certa.. Esse tal sentimento era doloroso, era algo banal. Não, absolutamente não. Nunca desejei dor à mim. Eu apenas inocentemente queria desvendá-lo, não necessitá-lo à ponto de doer. Não era certo.. Que irônico, logo eu que sempre fui toda errada, falando de certo ou errado? Oh, que absurdo. Queria apenas não sentir.. Ou ao menos entender, que sentimento tão novo e doloroso era esse.. Então de pronto, como se me sussurrassem ao pé do ouvido, eu finalmente compreendi. Era amor."
— Era Amor 

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