“Antigamente me parecia tão fácil escrever, talvez porque eu sabia transformar em palavras todos os sentimentos que me atormentavam, agora é tão mais complexo. As palavras simplesmente não fluem mais, ando com uma montanha russa no humor. Eu pareço tão superficial, devem pensam que forço a tristeza pois um segundo depois já estou sorrindo. Mas vos digo, não é bem assim. Não tenho mais controle sobre mim mesma, o sorriso brota tão involuntário como a lágrima escorre por meu rosto sem minha permissão. Nunca estou satisfeita com nada. De dia ouço as piores músicas, à noite ouço as melhores pra desabar. O problema é que mudei demais e a culpa não é minha. Me tornei forte com a ajuda da frieza, me afastei demais das pessoas, já não confio em ninguém. Pode não parecer normal mas, é horrível ficar quebrando a cara toda hora por confiar demais nas pessoas. Eu nunca sei diferenciar os bons dos maus. Sempre acabo com as piores pessoas. Eu já fui do tipo muito sentimental, daquelas pessoas que choram vendo filme, hoje em dia sou daquelas que ri da morte. Perdi a noção do perigo, já não temo a dor. Creio que já conheci todas as dores possíveis, pode parecer masoquismo da minha parte porém as dores me fazem companhia, e ás vezes uma companhia bem melhor do que certas pessoas. Eu não me culpo por nenhuma dessas mudanças, sei que não é culpa minha, a unica coisa que fiz foi proteger-me, recuar do que me faz mal. Então desculpe-me se esse meu jeito novo lhe ofende, porém não tenho nada haver com isso, nunca se importaram em não ofender-me, por que eu realmente deveria me importar?”
— Por que eu realmente deveria me importar?
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Solta o verbo meu jovem.