“Eles se encontravam sempre, no mesmo horário, no local de sempre. Ele sempre levava à ela uma rosa negra, uma rara rosa, assim como o amor deles. Ela sempre levava seus olhos negros e curiosos, grandes olhos que guardavam um enigma indecifrável. Eles andavam de mãos dadas na escuridão, iam tomar sorvete às 23h23, sempre do mesmo sabor, morango com chocolate. Eram um casal sempre “do mesmo” mas esse era o segredo, ninguém sabia. O amor, nunca acabaria pois era sempre o mesmo, sempre tão bom como foi da primeira vez. Andavam à noite, porque ela os inspirava à amar, eles sorriam juntos porque já haviam sido infelizes demais sozinhos, davam valor ao amor porque sabiam o quanto doía perder quem ama, amar e não ser correspondido. Esse amor era repleto de cicatrizes, que juntos estavam conseguindo fazer sumir. Acreditavam em destino, pois sabiam que ele havia os unido. Porém acima de tudo, tinham fé em Deus, porque sabiam que só havia amor nessa união porque ele quis que fosse assim. Eles tinham um coração noturno, um amor do anoitecer, que era lindo como a noite.. com suas estrelas e a formosura da lua. Ele falava que o brilho do olhar dela era o que o guiava, ela falava que o sorriso dele iluminava sua noite. O amor deles era lindo, é lindo.. é sempre o mesmo.”
— Casal Noturno
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Solta o verbo meu jovem.