É tão mais fácil escrever quando se sabe o que se sente. Felicidade apenas. As palavras não saem espremidas em meio a dor. As palavras não sufocam, não imploram para sair, apenas saem, apenas caem. Naturalmente, assim como a chuva, assim como o orvalho. Navegam em minha mente assim como o vento navega pelas árvores, dançando com suas folhas. São palavras doces como o mel e frescas como a água, palavras puras. Palavras que vem do coração, que vem de um sentimento bom, de uma pessoa que já sofreu demais. Mas que foi demasiadamente muito bem recompensada com uma grande dose de felicidade.
“Ainda ouço teus passos calmos vindo em minha direção, querendo me pegar de surpresa.. você sempre achou engraçado me assustar. Lembro do teu sorriso sofrido que segurava as lágrimas enquanto dizia que me amava, sim isso era verdadeiro. O brilho dos teus olhos adorava iluminar meu dia. Trazia-me rosas, e eu dizia que era clichê porém amava.. rosas brancas e vermelhas, eu implicava. Me lembravam ao flamengo, e como alguém pensaria em dar rosas flamenguistas à uma corinthiana? Você ria da minha conclusão doida, me chamava de louca. Você sempre com esse teu cabelo arrumadinho, eu sempre tentando estragá-lo pra ver você choramingar e falar que isso era algo que se demorava para arrumar.. fazia-me rir como ninguém nunca conseguia fazer. As pessoas que me cercavam sempre comentavam “como mudastes, ele te faz um bem danado” e elas estavam certas, botas-te um sorriso nesse meu rosto sempre tristonho. Eu que sempre gostei da doçura, acabei me acostumando com esse teu cheiro de menta, hortelã....
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Solta o verbo meu jovem.