[…] Ainda me pergunto, o quão tola fui? Acreditando que apareceria um príncipe encantado pra me fazer feliz, que teria alguém pra ficar vendo o pôr-do-solcomigo. Alguém que me fizesse sorrir toda hora, que as lágrimas não existiriam. Pensei que nunca iria beber, que nunca me machucaria, que nunca alguém iria me magoar tanto a ponto de que meu coração ardesse, latejasse, tanto mas tanto que eu teria vontade de arrancá-lo de meu peito. Num pensei que desejaria dormir e nunca mais acordar. Sinceramente, eu não sabia o que era dor, nunca havia sofrido por uma pessoa. Nunca havia passado noites em claro chorando, nem muito menos bebido pra esquecer. Eu pensava que minha vida seria igual a um conto de fadas, mas acabou que era um “conto de farsas”.
“Ainda ouço teus passos calmos vindo em minha direção, querendo me pegar de surpresa.. você sempre achou engraçado me assustar. Lembro do teu sorriso sofrido que segurava as lágrimas enquanto dizia que me amava, sim isso era verdadeiro. O brilho dos teus olhos adorava iluminar meu dia. Trazia-me rosas, e eu dizia que era clichê porém amava.. rosas brancas e vermelhas, eu implicava. Me lembravam ao flamengo, e como alguém pensaria em dar rosas flamenguistas à uma corinthiana? Você ria da minha conclusão doida, me chamava de louca. Você sempre com esse teu cabelo arrumadinho, eu sempre tentando estragá-lo pra ver você choramingar e falar que isso era algo que se demorava para arrumar.. fazia-me rir como ninguém nunca conseguia fazer. As pessoas que me cercavam sempre comentavam “como mudastes, ele te faz um bem danado” e elas estavam certas, botas-te um sorriso nesse meu rosto sempre tristonho. Eu que sempre gostei da doçura, acabei me acostumando com esse teu cheiro de menta, hortelã....
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Solta o verbo meu jovem.