“1:23 da manhã, esse é normalmente o horário em que sem querer me pego pensando em nós. Sempre penso é claro, mas essa madrugada foi diferente. Sei lá o motivo, eu sempre te disse que queria que fossemos apenas nós dois, não é? Pois então, hoje meu pensamento mudou, foi estranho, é estranho. Fiquei imaginando o quão lindo seria nosso bebê, nosso pequeno. Como seria esperar nove meses, ansiosamente por uma coisinha linda, qual a sensação de amar alguém sem ao menos conhecê-lo? Nosso pequeninho será tão amado.. Ele teria seu sorriso, e meus olhos, assim como você sempre quis. Seria tão bom aquele cheirinho de perfume de bebê espalhado pelo quarto, e suas mãozinhas segurando nossos dedos para poder dormir calmamente. Acordar de madruga com seu choro de fome, nanar nosso anjo até ele adormecer novamente. Tê-lo em nossos braços, tão frágil, angelicamente lindo. Já imaginou quando ele começar a andar? Quanta bagunça ele fará.. e quando começar dizer suas primeiras palavras? Será tão fofo, e bem engraçado também. Sentir o abraço desse ser tão nosso, dar um beijo de boa noite e contar histórias antes de dormir. A gente cantarolando pra ele.. Tão lindo, tão meigo, tão perfeito, dizendo “mamãe, papai” dizendo que nos ama, a gente se derretendo por nosso bebê. Um pedaço da gente que se transformou em outro ser, o nosso ser. Talvez lhe assuste minha mudança de pensamento tão logo.. fora você quem sempre ficava imaginando isso, ou talvez você sempre soubesse que eu mudaria de ideia. Que eu também amasse algo que nem existe ainda, algo que nem tem data pra existir, porém já é amado, mimado, já é nosso.”
— Nosso Bebê
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Solta o verbo meu jovem.