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Cigarro numa mão, café forte pra acabar com a ressaca infernal na outra. Ao som de “The Rolling Stones - As Tears Go By” vejo a luz do belo fim de tarde anoitecendo.. a luz adentrando pela janela, dominando meu quarto. Dando-lhe um ar de melancolia, mas também trazendo por fim paz. Amenizando um pouco a dor palpitante que enchia meu peito.. aquela que sempre volta quando a escuridão consome o céu, e assim também consumindo-me, atrapalhando.. afastando de vez meu sono. Minha dor parece depender muito do tempo, da luz, do que o dia faz transparecer.. minha dor é a escuridão assustadora, dor fria, sem um causador aparente. A dor de cabeça também aguda, me faz lembrar tudo que bebi para tentar afastar essa dor de vez. Os cortes, as marcas, as cicatrizes.. me pergunto. Foi tudo em vão mesmo? O evitar “não pensar” na dor, realmente nunca me ajudou muito. Minha mente viaja em cada parte de meu corpo que está latejando, como se procurasse por uma solução inexistente. Aguenta sofrimento nunca foi o meu forte, se é que tenho algum forte nessa minha vida resumida em fraqueza, vida que ainda não descobri seu paradoxo. Por que mesmo tenho que viver? Não me lembro.. o esquecimento hoje também me atinge, como um soco no estômago. Realmente, essa vida é tão desentendível. Meu olhar fixa ao resto de sol que o dia me oferece. Alimento-me com a luz, talvez assim tenha forças para aguentar a dor da noite. Da escuridão total, do reflexo de minh’alma.
A luz do entardecer

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Solta o verbo meu jovem.

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