“Loucura? Talvez, realmente é algo que provavelmente me afetou. Estou louca, de saudade, angustia, dor.. Louca de todos as formas possíveis e imagináveis. Por minha mente passam pensamentos insanos e inadmissíveis, por meu peito passa uma dor rasgante, que grita e implora por vingança. Ela quer morte. Quer sangue escorrendo por teu rosto, e de teu rosto ao chão, quer tortura, dor. Quer ver cada pedaço de teu ser totalmente dilacerado. Não se importando com as consequências ou com quem irá sofrer com tua morte. Minha visão embaçada de raiva, vejo vermelho. Vejo sangue, você estirado ao chão, sem movimentos, sem vida, sem sentimentos.. Há lágrimas, gritos, uma ardente sensação de vitória correndo por meu corpo, uma adrenalina que nunca havia sentido. Isso me parece prazeroso até demais, te ver assim ao chão, ver teu sangue escorrendo. Veja até que ponto meu ódio chegou.. Acabei com tua vida e ainda me sinto bem com isso. Em meu rosto há um belo e gigantesco sorriso repleto de malícia e prazer. Paro e penso por um segundo, “aonde está a culpa? o desespero? a dor?”, isso não é nada ruim, eu estava imaginando-me desesperada, arrependida, torturada com tua morte. Com o homicídio que acabara de cometer. Olhe, no que me transformei.. sou uma psicopata? louca? Creio que posso muito bem sobreviver com isso.. ou até mesmo viver, sorrir, sem pudor algum, não fiz nada que eu não desejasse, nada que me deixasse minha consciência pesada ao ponto de atrapalhar meu sono, então.. posso seguir assim, ou talvez até bem melhor do que estou agora.”
— | O prazer da morte |
Nossa, muito impactante! Gostei do jeito com que você escreveu esse.
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