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Cigarros, café amargo junto uma madrugada chuvosa e melancólica.. É sempre assim, chove e quem desanda sou eu. Retomo meu antigo vício, cigarros.. lembro do quanto me dizias “pare de usar isso”. O café, sei lá.. café também sempre foi meu vício, você também se impressionava do quanto eu tomava e mesmo assim dormia o dia inteiro se você permitisse. A vida à dois era maravilhosa, as brigas por ciumes ás vezes me irritavam, eu confesso. Mas e daí? Nem tudo é perfeito, eu aguentaria tudo de novo se isso trouxesse você rotineiramente de volta para o meu lado. Era tão bom encontrar-te e seguir sem rumo, andando de mãos dadas até o anoitecer. Eu adorava a cor que o céu tomava no pôr-do-sol, o ar do anoitecer também me parecia melhor, mais puro.. fresco. Éramos um casal noturno que sempre ficava vagando sem rumo. Nenhum de nós gostávamos de liberdade, queríamos estar presos um ao outro.. nunca lhe pedi que deixasse teus amigos pra ficar comigo, porém o fazia. Mas tudo o que é demais enjoa, inclusive o amor.. Ficar ao lado de um só alguém toda hora, todo instante, faz mal. Porque você se acostuma à uma rotina, acordar, virar-se e ver um certo alguém ao seu lado, um certo sorriso que lhe parece uma necessidade matinal. Aí tudo acaba, você acorda e não vê ninguém ao seu lado, sente abstinência daquele sorriso. Você entra num estado de loucura, desespero. Sonha que este alguém está do teu lado outra vez, e depois percebe que não passou de um sonho. Desejos profundos dominam seu subconsciente, sem perceber escreves o nome da pessoa, deixa teus pensamentos vagarem por lembranças dolorosas, porém únicas e insubstituíveis. Você vira escrava da dor. Escrava que nunca vai ser libertada, escrava que ama, reama, desama e volta à amar.. escrava que mesmo que ferida, continua a servir a seu dono. Mas só nos dias chuvosos, nos dias de melancolia e recordações, aliás.. esses dias são os meus preferidos.”
— Chove, mas quem desanda sou eu..

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“Ainda ouço teus passos calmos vindo em minha direção, querendo me pegar de surpresa.. você sempre achou engraçado me assustar. Lembro do teu sorriso sofrido que segurava as lágrimas enquanto dizia que me amava, sim isso era verdadeiro. O brilho dos teus olhos adorava iluminar meu dia. Trazia-me rosas, e eu dizia que era clichê porém amava.. rosas brancas e vermelhas, eu implicava. Me lembravam ao flamengo, e como alguém pensaria em dar rosas flamenguistas à uma corinthiana? Você ria da minha conclusão doida, me chamava de louca. Você sempre com esse teu cabelo arrumadinho, eu sempre tentando estragá-lo pra ver você choramingar e falar que isso era algo que se demorava para arrumar.. fazia-me rir como ninguém nunca conseguia fazer. As pessoas que me cercavam sempre comentavam “como mudastes, ele te faz um bem danado” e elas estavam certas, botas-te um sorriso nesse meu rosto sempre tristonho. Eu que sempre gostei da doçura, acabei me acostumando com esse teu cheiro de menta, hortelã.
As lembranças chegam em minha mente tão vivas, tão intensas, assim como o sentimento.  Chega arder.  Mas eu me prometi, que eu ia te deixar em paz, não ia mais correr atrás, iria te deixar ser feliz, ia tentar ser feliz, ia ser fria, eu não atendia seus telefonemas, eu sabia que estava sendo  forte demais , você dizia que estava sofrendo, mas pode crer, eu estava mais, tu não sabe o quanto tá doendo te ignorar, mas é melhor pra nós dois. Estou com o celular na mão, quero te ligar, até pensei em colocar o efeito de voz, pra você não reconhecer, veja que coisa mais medíocre.. à que ponto eu cheguei. Então, liguei a música no último volume, a nossa música. Eu estava me acabando em lágrimas. Então eu vejo meu celular vibrar, era uma sms, de um número estranho, então fui ler e nela dizia; “ Oi pequena, sou eu, mandei de outro número porque sabia que se tu reconhecesse o meu número nem iria ler, POR FAVOR AGORA QUE COMEÇOU LER TERMINA.. ” eu tive que rir, ele me conhecia tão bem.. eu já esta