“Eu sei que o quê escrevo já não agrada à muita gente. Sei também que eu não deveria estar agindo dessa forma, porém.. eu não esperava que minha vida tomasse esse rumo, sabe? Não pensei que eu enfrentaria tudo isso, e está doendo, mais do que eu pensei que algum dia pudesse doer, são meio que todas minhas dores juntas, ou talvez pior que todas elas. Não é como a dor de uma estaca no peito, ou a dor de ser esfaqueado, é meio que.. a dor de não sentir absolutamente nada, você sabe que a dor está ali porém já não à sente. É diferente, sinceramente, estranho até bizarro. Eu recebi um choque de realidade intenso demais pois tudo que me parecia real agora já não passa de fantasia, as memórias me parecem sonhos, não consigo acreditar que tudo isso aconteceu pois de um instante para o outro minha vida tomou um rumo tão diferente, foi algo que eu nunca imaginei. Ou pelo menos não comigo, nunca imaginei passar por isso. Realmente não sirvo pra viver, isso me exige demais, talvez a morte seja o que me serve, o que me encaixa perfeitamente. Sempre pensei que se fosse paciente a felicidade viria, porém quanto mais espero, mais tudo piora. Perdi meu chão, e não há nada que eu possa fazer à respeito. E essa dor aparentemente inexistente aos meus sentidos? O que fazer com ela? Será que estou enlouquecendo, adoecendo com tudo isso? Já não é normal viver assim, sorrisos ao dia e lágrimas intermináveis à noite. Será que existiu mesmo outra vida? E se existiu, fui tão má assim para merecer todo esse sofrimento agora? Andei me afastando de tudo, tanto das pessoas que me faziam bem, tanto quanto as más. Me afastei de Deus, sei que não é certo. É loucura, havia me afastado dele, do que me criou. E quando voltei a ele, meu mundo virou de pernas pro ar e aconteceu tudo de pior que eu já havia imaginado. Meus pesadelos se tornaram reais, mas na verdade não o culpo, pois creio que sem ele eu estava vivendo longe da realidade, e quando voltei tudo havia se transformado sem eu ver. Não sei o que farei pois, não há como mudar, mas não quero aceitar. E essa dor? Ah meu Deus..”
— Sem nome
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Solta o verbo meu jovem.