Andei sentindo-me tão fraca, desamparada. Sim, eu estava prestes a desistir de tudo que havia conquistado, de todos que sempre amei. “Ninguém se importa” eu repetia, em pranto, dentre soluços. Eu estava quase partindo, mas então de pronto recordei-me. Há alguém que se importa, alguém que precisa de mim à todo instante, que conhece minhas fraquezas e meus medos e mesmo assim me aceita, me ama. Aí avistei algo que eu havia “abandonado” em cima de minha penteadeira, uma bíblia, minha bíblia. Aquela que sempre li quando precisava de forças para seguir, a que me ensinou agradecer até pelos maus dias. Abria-a e li a primeira linha que avistei, nela dizia “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” e a paz que me faltava chegou, apoderou-se de meu ser. Acalmou-me e me fez forte, deu-me a força que eu precisava. Porque se preciso enfrentar todas as dores para poder algum dia estar ao teu lado Deus meu, eu enfrentarei. Minha fé vai além de qualquer obstáculo, e sei que estás comigo, e sempre estará. Também sei que aceitas esse meu amor meio torto, meio sem saber amar realmente, lhe amo. Com toda a força que me destes, te amo e preciso de ti em minha vida. Sem ti não sobreviverias, não estaria viva agora para agradecer-te por mais um sorriso, por mais uma manhã. Não me importa o que dizem, ou o que acham te ti. Contigo me sinto forte e protegida, faz-me bem, e quero estar sempre perto de ti. Por isso lhe agradeço, por esse amor, por essa força e por mais essa chance que me destes, meu Senhor. Lhe peço serenidade, lhe imploro que ensine-me a perdoar, dai-me o poder de amar e de consolar, de proteger e de ajudar a todos que precisarem de auxílio. Livrai-me deste orgulho, desta solidão, fazei-me sentir-me viva outra vez. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo, Amém.
“Ainda ouço teus passos calmos vindo em minha direção, querendo me pegar de surpresa.. você sempre achou engraçado me assustar. Lembro do teu sorriso sofrido que segurava as lágrimas enquanto dizia que me amava, sim isso era verdadeiro. O brilho dos teus olhos adorava iluminar meu dia. Trazia-me rosas, e eu dizia que era clichê porém amava.. rosas brancas e vermelhas, eu implicava. Me lembravam ao flamengo, e como alguém pensaria em dar rosas flamenguistas à uma corinthiana? Você ria da minha conclusão doida, me chamava de louca. Você sempre com esse teu cabelo arrumadinho, eu sempre tentando estragá-lo pra ver você choramingar e falar que isso era algo que se demorava para arrumar.. fazia-me rir como ninguém nunca conseguia fazer. As pessoas que me cercavam sempre comentavam “como mudastes, ele te faz um bem danado” e elas estavam certas, botas-te um sorriso nesse meu rosto sempre tristonho. Eu que sempre gostei da doçura, acabei me acostumando com esse teu cheiro de menta, hortelã....
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Solta o verbo meu jovem.