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“Fui caminhando em direção ao sol, sem rumo, calma, deixando minha força de vontade me guiar. Mente limpa, tranquila. O vento sussurrou ao meu ouvido que em hipótese alguma eu deveria olhar pra trás, afinal, a carne é fraca e eu poderia querer voltar. Senti que deveria relaxar, então imaginei uma chuva calma, morna, que caia sob meu corpo e chegava ao chão forte o suficiente para trazer aquele cheiro de terra molhada que pra mim tem o sinônimo de vida nova, mente pura. Estava calma, calma até demais, tão calma que estava quase sonolenta o suficiente que poderia adormecer ali, naquele chão mentalmente molhado pela chuva. Porém como sabia que deveria prosseguir, tentei afastar o sono. Decidi dar passos longos e rápidos, para que quando eu decidisse olhar pra trás, você já estivesse longe o suficiente. Eu tinha de ser forte, afinal, eu apenas estava indo pra bem longe do que me impedia de ser feliz, do que eu mais dizia que precisava, então continuei andando para cada vez mais longe de quem eu realmente sabia que amava, mas precisava abandonar se quisesse ser feliz algum dia.”
— Ás vezes é preciso partir.

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“Ainda ouço teus passos calmos vindo em minha direção, querendo me pegar de surpresa.. você sempre achou engraçado me assustar. Lembro do teu sorriso sofrido que segurava as lágrimas enquanto dizia que me amava, sim isso era verdadeiro. O brilho dos teus olhos adorava iluminar meu dia. Trazia-me rosas, e eu dizia que era clichê porém amava.. rosas brancas e vermelhas, eu implicava. Me lembravam ao flamengo, e como alguém pensaria em dar rosas flamenguistas à uma corinthiana? Você ria da minha conclusão doida, me chamava de louca. Você sempre com esse teu cabelo arrumadinho, eu sempre tentando estragá-lo pra ver você choramingar e falar que isso era algo que se demorava para arrumar.. fazia-me rir como ninguém nunca conseguia fazer. As pessoas que me cercavam sempre comentavam “como mudastes, ele te faz um bem danado” e elas estavam certas, botas-te um sorriso nesse meu rosto sempre tristonho. Eu que sempre gostei da doçura, acabei me acostumando com esse teu cheiro de menta, hortelã.
As lembranças chegam em minha mente tão vivas, tão intensas, assim como o sentimento.  Chega arder.  Mas eu me prometi, que eu ia te deixar em paz, não ia mais correr atrás, iria te deixar ser feliz, ia tentar ser feliz, ia ser fria, eu não atendia seus telefonemas, eu sabia que estava sendo  forte demais , você dizia que estava sofrendo, mas pode crer, eu estava mais, tu não sabe o quanto tá doendo te ignorar, mas é melhor pra nós dois. Estou com o celular na mão, quero te ligar, até pensei em colocar o efeito de voz, pra você não reconhecer, veja que coisa mais medíocre.. à que ponto eu cheguei. Então, liguei a música no último volume, a nossa música. Eu estava me acabando em lágrimas. Então eu vejo meu celular vibrar, era uma sms, de um número estranho, então fui ler e nela dizia; “ Oi pequena, sou eu, mandei de outro número porque sabia que se tu reconhecesse o meu número nem iria ler, POR FAVOR AGORA QUE COMEÇOU LER TERMINA.. ” eu tive que rir, ele me conhecia tão bem.. eu já esta