“Fui caminhando em direção ao sol, sem rumo, calma, deixando minha força de vontade me guiar. Mente limpa, tranquila. O vento sussurrou ao meu ouvido que em hipótese alguma eu deveria olhar pra trás, afinal, a carne é fraca e eu poderia querer voltar. Senti que deveria relaxar, então imaginei uma chuva calma, morna, que caia sob meu corpo e chegava ao chão forte o suficiente para trazer aquele cheiro de terra molhada que pra mim tem o sinônimo de vida nova, mente pura. Estava calma, calma até demais, tão calma que estava quase sonolenta o suficiente que poderia adormecer ali, naquele chão mentalmente molhado pela chuva. Porém como sabia que deveria prosseguir, tentei afastar o sono. Decidi dar passos longos e rápidos, para que quando eu decidisse olhar pra trás, você já estivesse longe o suficiente. Eu tinha de ser forte, afinal, eu apenas estava indo pra bem longe do que me impedia de ser feliz, do que eu mais dizia que precisava, então continuei andando para cada vez mais longe de quem eu realmente sabia que amava, mas precisava abandonar se quisesse ser feliz algum dia.”
— Ás vezes é preciso partir.
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Solta o verbo meu jovem.