“Noites em claro, cigarros e martini. Clichê como todo romance é, foi o nosso. Sorrisos, beijos.. noites de amor aparentemente intermináveis. Acreditava realmente que éramos felizes juntos, porém agora vejo que não. Aqui estou lembrando de tudo, dentre goles, suspiros, sussurros e lágrimas. Ouvindo “Ultimo romance” de Los Hermanos, meu amor, você tem certeza de que nada disso valeu à pena? Não foi bom o suficiente pra durar? Pego nossas fotos, e fico simplesmente encarando o sorriso que estava em seu rosto em todas elas. Agora vejo o quão era falso. Visito suas redes sociais, coisa que não fazia à tempos. Tem outra em meu lugar agora, ela é loira, linda, sonho de consumo de todo homem, incluindo você. Vejo suas fotos junto à ela, toco seu rosto e sussurro “você é meu”, lágrimas intermináveis agora rolam por meu rosto, e não estou nem um pouco afim de limpá-las. Você costumava fazer isso, e me dizia “não chore, minha pequena” ah, percebi que você chama sua nova namorada de coisas que nunca me chamou, “minha princesa” “meu amor”, bom de amor você me chamava, mas nunca usava o “meu”. Posso ver agora o quanto era falso esse amor, meu bem, fui só eu que amei? Ou nem amor foi, creio que foi desejo apenas. Não estou mais sã como antes, pego meu celular, maldita hora em que não exclui teu numero, talvez nesse estado eu não conseguisse me lembrar dele se não estivesse ali, pois bem, lhe mando uma mensagem “Foi só desejo meu bem, agora vejo, nunca houve amor de sua parte”. Você não responde, com certeza deve estar dormindo, com ela.. Isso me lembra de como era bom acordar ao teu lado e te ver elogiar meu cabelo todo bagunçado, eu dormia com tua camisa, normalmente a preta. Era tão bom sentir teu perfume, tua pele, teus carinhos amor. Sinto falta de tudo isso, mesmo que falso ou fingido, passaria por toda essa dor novamente pra reviver cada segundo. Lembra de quando ficávamos observando o céu à noite, planejando nosso futuro, o nome de nossos filhos.. Era tudo perfeito, era tudo nosso, tudo eu e você, tudo desejo, nada de amor.”
— Não era amor, era só desejo.
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Solta o verbo meu jovem.