Pular para o conteúdo principal

Garçom, por favor, um café quente para aquecer-me deste frio interior, e doce para que acabe com essa amargura que vive em mim. Fui ao bar de sempre, precisava manter a rotina. Queria beber algo, mas o frio era demais para querer qualquer outra bebida que não fosse um bom café. Me dirigi para a mesa do canto, aquela que me dava a vista de tudo, da chuva escorrendo suavemente pelo vidro, e também poderia ficar observando os clientes que frequentavam esse bar, os mesmos de sempre, mas é claro, bom atendimento.. era iminente que todos regressassem aqui. Enquanto esperava o café, vi entrar alguém diferente, rosto, físico estranho. Creio que nunca o havia visto por aqui, era alto, moreno e forte, tinha um olhar misterioso e ah, um ótimo bom gosto para roupas.. acho que o motivo que o fez vir aqui foi a chuva, seu cabelo estava molhado, então ele passou a mão no mesmo, creio que na intenção de secá-lo ou talvez seduzir a alguma rapariga que aqui estava. Bom, sinceramente não me incluo nesse “grupo” de mulheres, porém, sinceramente eu não sei quem não ficaria boquiaberta ao ver este rapaz tão naturalmente bonito. Ele chegou e sentou-se uma mesa ao lado da minha, de uma forma que nossos olhos ficassem frente à frente. Pediu um whisky, boa pedida.. eu também pediria se não estivesse congelando, se bem que uma bebida dessas rapidamente aqueceria-me.. porém meu café chegou antes que eu mudasse de idéia, e do mesmo jeito chegou a bebida dele. Ficamos um bom tempo se encarando, ele na verdade me olhava entre goles e sorria timidamente apenas com um canto da boca, e que sorriso lindo tinha, eu sorria meio torto também, mas sem graca, nada tímida. Quando terminou sua bebida, passou por minha mesa e deixou um guardanapo, nele estava escrito seu nome e número de telefone. Foi pagar sua conta e ficara a me observar, definitivamente eu deveria ter amassado o tal guardanapo, para parecer difícil, mas.. não resisti, o guardei em minha bolsa e sorri como resposta e isso foi o necessário. Eu não sei quem é esse rapaz, ou de onde veio, e nem o que ele fez aqui, aliás, apenas o que sei até agora é seu nome, seu telefone, e que seu sorriso é lindo, mas isso já é o suficiente.”
— E o que esse rapaz fez aqui?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Queria eu, esbanjar reciprocidade. Mas não dá, meu coração não aceita dar nada menos que amor, mesmo quando só recebo maldade. Mar e amar, doce.
É difícil, terrível, perder alguém. E ela se perdeu, morreu, de certa forma. É doloroso perder alguém, principalmente quando é a gente que se perde, que morre, que já não faz mais nada além de existir. Não é fácil. As pessoas à mataram, com apenas três palavras "você o perdeu". Palavras que rasgaram, perfuraram seu peito. Ninguém nunca havia acreditado quando ela dizia que ele agora era tudo, que se ela o perdesse, consequentemente também perderia-se. Pois agora todos viram, ela não mentia quando dizia tudo isso, não era clichê, nem drama. O mundo dela havia se tornado ele, tudo girava em torno desse amor que ela pensava e rezava para que não tivesse final. Ela suplicava. Fazia o caralho à quatro pra não perder esse cara, porém nada disso adiantou. Porque infelizmente nem tudo depende só da força de vontade de uma unica pessoa, principalmente quando se trata de amor.. não existe amor quando é só de uma parte, não dá pra seguir sozinho nessa luta e foi por isso que ela o perd...
“Ainda ouço teus passos calmos vindo em minha direção, querendo me pegar de surpresa.. você sempre achou engraçado me assustar. Lembro do teu sorriso sofrido que segurava as lágrimas enquanto dizia que me amava, sim isso era verdadeiro. O brilho dos teus olhos adorava iluminar meu dia. Trazia-me rosas, e eu dizia que era clichê porém amava.. rosas brancas e vermelhas, eu implicava. Me lembravam ao flamengo, e como alguém pensaria em dar rosas flamenguistas à uma corinthiana? Você ria da minha conclusão doida, me chamava de louca. Você sempre com esse teu cabelo arrumadinho, eu sempre tentando estragá-lo pra ver você choramingar e falar que isso era algo que se demorava para arrumar.. fazia-me rir como ninguém nunca conseguia fazer. As pessoas que me cercavam sempre comentavam “como mudastes, ele te faz um bem danado” e elas estavam certas, botas-te um sorriso nesse meu rosto sempre tristonho. Eu que sempre gostei da doçura, acabei me acostumando com esse teu cheiro de menta, hortelã....