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“Sei nunca gostou de telefonemas pela madrugada, provavelmente lhe pedirei perdão por esse ato meio insano, pela manhã quando eu estiver totalmente sóbria. Eu bebi, sim, bebi. Fiz o que odiavas que eu fizesse, porém.. você já não está aqui para me dizer o que devo ou não fazer, fostes você mesmo quem escolheu isso. A brisa está tão fria, não há nada ou sequer ninguém aqui capaz de aquecer-me, ao menos não o suficiente que aqueça meu coração. Se estivesses aqui, com toda certeza me mandaria tomar um café bem forte, ou colocaria-me baixo à um chuveiro gelado, para trazer de volta minha lucidez. Ficaria balbuciando coisas inúteis até eu me dar conta de quanto essa conversa não tinha noção nenhuma, então eu ficaria a te encarar e você diria “finalmente, pensei que o porre duraria a madrugada inteira” e iria sorrir, ou talvez rir de mim. Ás vezes é tão bom lembrar do que você faria, mas também é doloroso por saber que “faria” é de um futuro que já não existe, dói também lembrar do que “fez”, de um passado lindo que só virou passado por causa de minhas loucuras.. aquelas que nunca conseguistes acompanhar. Creio que a lucidez está próxima, já estou lembrando-me o porque de eu não poder telefonar-te, e agora sei que não era porque não gostavas de telefonemas pela madrugada, mas sim porque já não podes atender, pois não estas aqui.”
— Ás vezes me esqueço que você já não está aqui.

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“Ainda ouço teus passos calmos vindo em minha direção, querendo me pegar de surpresa.. você sempre achou engraçado me assustar. Lembro do teu sorriso sofrido que segurava as lágrimas enquanto dizia que me amava, sim isso era verdadeiro. O brilho dos teus olhos adorava iluminar meu dia. Trazia-me rosas, e eu dizia que era clichê porém amava.. rosas brancas e vermelhas, eu implicava. Me lembravam ao flamengo, e como alguém pensaria em dar rosas flamenguistas à uma corinthiana? Você ria da minha conclusão doida, me chamava de louca. Você sempre com esse teu cabelo arrumadinho, eu sempre tentando estragá-lo pra ver você choramingar e falar que isso era algo que se demorava para arrumar.. fazia-me rir como ninguém nunca conseguia fazer. As pessoas que me cercavam sempre comentavam “como mudastes, ele te faz um bem danado” e elas estavam certas, botas-te um sorriso nesse meu rosto sempre tristonho. Eu que sempre gostei da doçura, acabei me acostumando com esse teu cheiro de menta, hortelã....
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